terça-feira, 24 de julho de 2012

Implicações do Pai nosso V


Mateus 6.11

A providência divina
     Após falar sobre a magnitude de Deus e o estabelecimento do seu reino, Cristo nos ensinará algo simplesmente formidável, ou seja, Deus em toda a sua glória preocupa-se com o meu sustento diário. Isto não é tremendo? Somos desafiados a invocar Jeova-Jiré (Deus das provisões).
      Quanto a este cuidado Isaias declara: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos” Is 57:15.
     Vale destacar a esta altura que a expressão “pão” não se resume àquelas porções que tomamos durante as refeições diárias, mas diz respeito à todas as nossas necessidades básicas, dentro desta perspectiva João Calvino diz que a situação mais trágica para o homem é quando ele ignora a providência divina, porém o magnífico consiste em conhecê-la.
   Vivemos em uma época onde as pessoas são diariamente bombardeadas por centenas de propagandas, que vão desde uma simples bala de centavos até bens que chegam a custar milhões. A resposta a todo este assédio não poderia ser outro, senão uma sociedade tomada pelo desejo de consumir cada vez mais. É exatamente na contra mão de tudo isso que Cristo dirá: “Dar-nos hoje a porção que é necessária para um só dia”. A idéia aqui é de que você não deve viver tanto o amanhã a ponto de não vive o hoje. A crítica aqui é para aquele que gasta toda a sua saúde para ganhar dinheiro e depois gasta todo o dinheiro no intuito de recuperar a saúde.
    Olhe só a oração de Agur: “afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o SENHOR? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão” Pv 30:8-9.    
     Não me resta a menor dúvida de que Agur tem sido alvo de muitas críticas em nossos dias, principalmente sob a alegação de que não tem ambições, entretanto, ouso dizer que a sua oração se adéqua exatamente àquilo que Cristo orienta na oração do Pai Nosso.
     O ensinamento em questão em nada tem a ver com aquele indivíduo que vive sem qualquer perspectiva ou nem mesmo tem a capacidade de sonhar, mas sim, está relacionado com a confiança em Deus, que é quem oferece a terra, dá força ao agricultor para o trabalho e ainda disponibiliza as condições climáticas adequadas para que no devido tempo os frutos sejam colhidos.
     Portanto, quando Cristo ensina a sua igreja a orar: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”, ele está na verdade nos desafiando a confiar e depender da providência divina.   
     Até que ponto você pode dizer que espera na providência de Deus?
Pastor Givaldo Santana

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